segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Um gênio destruído por uma música!

"Sou Criminoso! O go- verno me anistiou por causa das canções que cantei! Fui demitido do serviço público por isso. O que vocês cha- mam de governo cobra impostos sobre o "corpo de delito" que são as canções que fiz. Voltei ao fun- cionalismo, depois de muita briga, e me aposentei graças a um despacho fundamentado na Lei de Anistia. Anistia é para criminoso, condenado por sentença transitada em julgado, se ele aceitar. Aceitar a anistia é aceitar-se criminoso".
"Estou exilado até hoje, eu não voltei!"
Geraldo Vandré

Geraldo Vandré com-pletou nesta semana 79 anos. Na minha visão a tortura, que ele nega, da ditadura matou um artista de futuro, mas não o homem que continua a errar pelo mundo como um alienado. Vagando... apenas vagando pelo mundo!
Um homem triste nada assemelhado ao jovem agitado da época dos festivais. Olhar triste, cenho sombrio e torvo, olhos distante e fundos pela tristeza, raciocínio lento que o leva a olhar o céu em busca do que ele quer dizer, é assim o imortal Geraldo Vandré.






O atentado que o Geraldo Vandré intentou, atraindo todo ódio da ditadura foi a singela música que todos nós cantamos: "Pra não dizer falei de flores" iniciando o calvário de sua vida. Sobreviveu apenas um vídeo com o áudio, as imagens evaporou-se. Custou-lhe a destruição da sua carreira e ao Brasil exterminar um grande artista. Exilado , Vandré foi vigiado de perto pelos militares, sem poder expressar o retrato do Brasil à época. No Peru, em 1972, ganhou um festival com a única música não cantada em espanhol, intitulada Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve. É uma canção para ser cantada por um homem e uma mulher uma noção da pátria e da mulher amada.

Logo após o retorno ao Brasil, Vandré compôs a canção "Fabiana", em homenagem à Força Aérea Brasileira. Até hoje inédita. Hoje mora em São Paulo num mundo que não cabe ninguém, só cabem ele e seus pesadelos passados!
  Ao longo de toda entrevista não vimos nem um gesto de magnanimidade do gênio destruído. Vemos apenas um cabal soçobro de um gênio destruído, cujo motivo se resumia à uma música! Um gênio reduzido a pó! Virtualmente!
Assista o vídeo:


Fonte:http://oultimodosmoicanos-claudiomar.blogspot.com.br

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