terça-feira, 26 de junho de 2012

Trabalhadores das universidades públicas no RN paralisaram as atividades


O"virus" da greve contagiou a todas as instituições públicas de ensino superior do Rio Grande do Norte: Uern, UFRN, Ufersa e, por último o IFRN que paralisou 15 campi dia 21 passado e hoje para as atividades no campus de Mossoró. Com a exceção da UFRN, onde somente os servidores administrativos aderiram à greve ficando de fora os professores, nas demais instituições, o movimento atingiu todas as categorias. Na esfera federal, os servidores aderem à greve nacional da educação que já soma mais de 53 Instituições de Ensino Superior com atividades paralisadas no país. De todas as greves, a mais complicada é da Uern que chega hoje a 52 dias sem uma solução em vista.

Desde a deflagração do movimento das instituições federais, no dia 11 de junho até ontem, já são 53 universidades com técnico-administrativos em greve, ou seja, 80 % das universidades federais brasileiras. 



No Rio Grande do Norte já é possível sentir o reflexo dessa adesão, uma vez que tanto UFRN como Ufersa apresentam um quadro com 65% dos técnicos parados. A pauta de reivindicações é praticamente a mesma que motivou a última greve em 2011, com algumas novidades devido a medidas recentes do Governo, como a tentativa de reduzir o salário dos médicos dos HUs e a insalubridade e periculosidade dos servidores públicos (MP 568/12). 


Vale ressaltar que tanto universidades quanto Institutos Federais (IFs) possuem a mesma lei de carreira, o que também trouxe servidores do IFRN para a greve.Na última semana, dois importantes acontecimentos marcaram a greve na UFRN. Foi aprovação de nota de apoio à Greve aprovada no Conselho de Administração da UFRN e a posição da Progesp (Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas) sobre a participção de servidores em estágio probatório na greve:


Reivindicações


A pauta de reivindicações comum aos técnicos das universidades: piso de três salários mínimos e step de 5% (hoje o piso é de R$ 1.034,00, racionalização de cargos(corrigir a distorção de cargos), reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV *(incentivos à qualificação horizontal e para todos, devolução do vencimento básico complementar absorvido (VBC), Isonomia Salarial e de Benefícios entre os Três Poderes (alimentação, creche, saúde e outros), luta contra a EBSERH* (Empresa de Serviços Hospitalares que pretende gerir todos os HUs do Brasil); contra a MP 568/12 nos artigos que preveem a redução Salarial dos Médicos e Médicos Veterinários e da Insalubridade/Periculosidade.


Já a pauta geral é comum a todos os Servidores Públicos Federais. Dentre os principais pontos estão a luta contra a terceirização, concurso Público já, 10% do PIB para Educação, implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário, negociação coletiva com Data Base e definição da política salarial, ascensão funcional (em defesa da PEC 257/95).


 Sem propostas para UERN


O Governo do Estado ainda não tem uma nova proposta para acabar com a greve da Universidade Estadual do RN (UERN) que já dura 52 dias, mas espera que até a próxima quinta-feira (28) já tenha em mãos um estudo de impacto na folha de pagamento com relação às reivindicações das demais categorias em campanha salarial. "Quando tivermos noção do impacto financeiro de todas as categorias, vamos poder nos posicionar com relação à greve da Uern", disse ele.Os servidores da Uern estão na expectativa de que o Governo do Estado diga quando pretende pagar o reajuste de 10,65%, previsto para abril deste ano, conforme acordado em setembro de 2011.


Fonte:http://www.dnonline.com.br

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