segunda-feira, 18 de junho de 2012

Juíza ouve 12 testemunhas e os sete acusados de estupro coletivo na PB

Acusados foram separados e não participam da primeira parte da audiência.Acusados devem ser ouvidos à tarde após a volta do intervalo.

 

A juíza Flavia Baptista Rocha deve ouvir 19 pessoas na segunda audiência de instrução com as testemunhas e os acusados de participarem do estupro coletivo que terminou com duas mulheres mortas na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraíba. Além do depoimento dos sete acusados, doze testemunhas de defesa estão sendo ouvidas.

Suspeitos de envolvimento no crime ficaram detidos na Central de Polícia de Campina Grande (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
 Acusados foram levados sob forte esquema de
segurança com 50 policiais militares
(Foto: Reprodução/TV Paraíba)

Os acusados chegaram por volta das 9h desta segunda-feira (18) no Fórum da cidade sob forte esquema de segurança com cerca de 50 policiais militares. Os sete foram trazidos da Penitenciária de Segurança Máxima PB 1, onde estão detidos. A audiência começou às 9h30 e estão sendo ouvidas pela manhã as testemunhas de defesa, que são amigos dos acusados e que moram na mesma cidade. A participação das esposas dos acusados foi dispensada.

Pela manhã as testemunhas foram ouvidas. Já no período da tarde é a vez dos acusados serem  ouvidos. Eles foram separados e divididos em dois grupos. Os dois irmãos, acusados de terem planejado o crime, estão em uma casa vizinha e os demais acusados estão em salas dentro do fórum. A audiência acontece no Tribunal do Júri, a portas fechadas.


De acordo com o fórum, haverá um intervalo para o almoço e os acusados somente devem ser ouvidos à tarde, quando as oitivas serão retomadas. Na audiência serão avaliados laudos e provas das participações de cada acusado. Depois da qualificação dos réus, a juíza decide se os réus serão levados a júri popular ou não.

De acordo com o promotor de acusação Márcio Teixeira, todos os depoimentos estão sendo filmados para agilizar a captação das informações. Ele acredita que Eduardo, acusado de planejar a ação, será levado a júri popular enquanto os outros serão sentenciados pela juíza.

A primeira audiência aconteceu no dia 4 de junho e 11 testemunhas de acusação foram ouvidas. As três mulheres que foram estupradas e os três adolescentes acusados de participar do crime. Durante a audiência, o advogado de acusação Félix Araújo apresentou o exame de balística durante a audiência a fim de provar a culpa dos acusados. "O exame comprova que os tiros que atingiram e mataram as meninas saíram mesmo da arma que foi encontrada com Eduardo dos Santos Pereira. É uma prova cabal do envolvimento deles no caso", disse. Ainda segundo ele, os adolescentes envolvidos confessaram a versão da polícia. Ele também acredita que Eduardo será julgado em júri popular.
Acusação
Três adolescentes suspeitos são levados para abrigo provisório (Foto: Reprodução/TV Paraíba) 
Três adolescentes não participam da segunda
audiência (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
Conforme as investigações da Polícia Civil e a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba, cinco mulheres foram estupradas e duas delas assassinadas durante uma festa. Para a polícia, os estupros teriam sido planejado pelos irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira, que teriam convidado amigos para abusar sexualmente de mulheres convidadas de uma festa promovida por eles.

Os irmãos teriam simulado a chegada de assaltantes na casa e usado máscaras e capuzes para não serem reconhecidos. Duas das vítimas teriam conseguido ver as pessoas que as violentavam e por isso foram tiradas da casa e executadas.

Os dez rapazes estão sendo acusados por estupro, cárcere privado, lesão corporal, formação de quadrilha. Eduardo, no entanto, está sendo acusado isoladamente também por duplo homicídio e posse ilegal de arma.
Os adolescentes podem passar até três anos internados no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, mas a cada seis meses poderão ser reavaliados. Dependendo do comportamento dos menores de idade, o tempo de internação pode ser reduzido.
O crime
Isabela Pajussara e Michelle Domingos foram violentadas e assassinadas (Foto: Reprodução/TV Paraíba) 
Professora e recepcionista foram violentadas
e assassinadas (Foto: Reprodução/TV Paraíba)
No dia 12 de fevereiro de 2012 duas mulheres foram assassinadas na cidade de Queimadas, no Agreste da Paraiba. Segundo a Polícia Militar, elas estariam em uma festa de aniversário em uma casa com dez homens e outras três mulheres. Os homens são acusados de estuprar as cinco e matar duas delas. As mortes teriam acontecido porque as vítimas reconheceram os criminosos. Uma delas foi morta com quatro tiros em uma rua central da cidade e a outra foi assassinada com três tiros na estrada para Campina Grande

 

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