O ministro da Educação, Fernando Haddad, não conseguiu convencer a OAB que a realização de uma novo Enem para estudantes que receberam provas com erros não vai prejudicar os demais candidatos. O presidente da OAB, Ophir Cavalcante, ressaltou que irá discutir, com outros membros da Ordem, sobre o assunto, e que terá um posicionamento até o final da semana. 'Nossa preocupação sempre foi com o princípio constitucional da igualdade entre os candidatos', diz Cavalcante.

O ministro tinha anunciado em coletiva na segunda-feira que tentaria convencer a Justiça da possibilidade de novo exame usando como argumento a Teoria da Resposta ao Item, que permite que duas provas diferentes sejam aplicadas com o mesmo nível de dificuldade.

'A TRI ainda não foi analisada sob a ótica do direito. Para nós, advogados, juristas, juizes, ela soa num primeiro momento muito diferente da prática que temos nos concursos tradicionais', disse Cavalcante.

O Estadão.edu apurou que o ministro teria ficado perplexo com os argumentos da OAB. Durante a concorrência, explica o presidente da OAB, os candidatos devem 'ter acesso de forma igual'. Até o final da semana a Ordem terá um posicionamento final sobre o assunto. 'Se isso (uso da TRI) não ferir princípio da igualdade, não teremos dificuldade em ratificar.'

O presidente da Ordem, porém, ressaltou que não se 'impressiona com a apologia ao caos'. 'Essa argumentação de que (a anulação da prova) vai quebrar a educação no Brasil não nos impressiona. Estamos preocupados com a Constituição e com o direito de todos os concorrentes.'

Fonte: http://estadao.br.msn.com/educacao/artigo.aspx?cp-documentid=26280868