segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O que você precisa saber sobre o diabetes melitus tipo 1

O diabetes na infância


O diabetes tipo 1 é também conhecido como juvenil ou infanto-juvenil, já que normalmente, começa durante a infância (embora possa se manifestar em adultos). Trata-se de uma condição de diabetes insulino-dependente, ou seja, a criança precisa receber injeções de insulina para viver, pois seu pâncreas já não a produz mais. Então, chegamos a que conclusão ?

Podemos concluir que a glicose não consegue penetrar no interior das células, concentrando-se no sangue e privando o organismo da sua principal fonte de energia: a glicose.

Quando o nível de açúcar no sangue está muito elevado, o organismo procura eliminá-lo de alguma forma. como isso acontece ? Aumentado a quantidade de urina e fazendo com que os rins trabalhem mais. O problema é que, com a urina, são eliminadas grandes quantidades de água e sais minerais, resultando em desidratação da célula. Se essa situação se prolongar, a excessiva eliminação de líquidos, somados à perda de calorias, ocasiona um aumento da sede, fome e fadiga (que, juntos, constituem os sintomas clássicos do diabetes).

Podemos nascer com diabetes ?

O diabetes não é uma doença congênita, porém o tipo 1 possui fatores que são determinantes ao seu desenvolvimento, como a pré disposição hereditária para sofrer de fenômenos auto-imunes.

Dez por centro das crianças portadoras do diabetes tipo 1, têm antecedentes familiares que embora não sejam especialmente portadores de diabetes, apresentam doenças auto-imunes. conseqüentemente, a herança passada a essa criança é a predisposição para esta condição.

Embora ela possa se manifestar a partir dos 6 ou 8 meses de vida e até a vida adulta, a idade mais freqüente para a manutenção do diabetes é dos 7 aos 12 anos.

Uma doença auto-imune

Denominamos auto-imune as doenças às quais um determinado agente, podendo ser um vírus, uma bactéria ou um fator alimentar, produz uma resposta de anticorpos enviada a algum tecido do próprio organismo.

O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune que se desenvolve apos o ataque do sistema imunológico contra as próprias células Beta do pâncreas, que são as células encarregadas de produzir a insulina.

Em geral, o aparecimento do diabetes é parecedido por uma etapa assintomática, na qual as células T (um tipo de glóbulo branco) do sistema imunológico, penetram e destroem as células Beta do pâncreas. Normalmente, essas células T, letais, lutam contra as infecções, mas, no caso do diabetes, um mecanismo conhecido como "resposta auto-imune" coloca essa célula em ação contra os próprios tecidos do corpo.

Embora se desconheça o fator que desencadeia esse fenômeno, várias evidências científicas apontam para uma predisposição genética somada a determinados fatores ambientais.

Os sintomas

Quando se manifesta, o diabetes sempre apresenta sintomas, embora, entre 5 a 10% dos casos, pode ser diagnosticado antes dos sintomas aparecerem.

Os sinais característicos são: necessidade freqüente de urinar, sede, emagrecimento na etapa inicial, mesmo a criança comendo muito, fraqueza, desânimo e falta de apetite.

A complicação mais grave é a descompensação - cetoacidose, cetose ou coma - sendo essa última uma complicação severa do diabetes tipo 1, que ocorre quando os níveis de insulina ficam extremamente baixos Nesse caso, é imprescindível a internação da criança.

Vale a pena esclarecer que quanto mais cedo o diagnóstico for realizado, menores são as possibilidades da criança atingir esse estado grave.

Se a mãe perceber que a criança toma muito líquido, urina com freqüência, está perdendo peso, apesar de comer bem, deve consultar um médico. Através de um exame de urina e outro de sangue, o pediatra poderá detectar a presença do diabetes e prevenir futuras complicações.

Lembre-se de que 100% dos casos de descompensação severa ocorrem porque um diagnóstico precose não foi realizado.

Uma dieta sadia e segura

A alimentação constitui um componente vital no programa para o controle de diabetes, pois uma dieta nutricionalmente completa manterá ou aproximará a criança do peso ideal, contribuindo para normalizar os níveis de glicemia.

O efeito protetor do aleitamento

Embora existam controvérsias, está demonstrado que o leite materno proteje contra o diabetes tipo 1 em bebês com antecedentes familiares.

Por outro lado, nesses mesmo bebês, o leite de vaca incorporado à sua alimentação antes do terceiro mês de vida, poderia ser um fator facilitador no desenvolvimento do diabetes.

Por isso, caso tenha antecedentes familiares, a mãe deverá fazer todo o possível para amamentar seu filho apenas com leite materno, no mínimo, até o sexto mês.

O tratamento

A base do tratamento da criança portadora de diabetes é a informação, que é fundamental para que a família saiba lidar com a situação da melhor maneira.

Para poder viver, as pessoas portadoras de diabetes insulino-dependentes devem suprir diariamente, através de um auxílio externo, a insulina que seu corpo não produz.

Por se tratar de um hormônio protéico, a insulina é destruída no estômago. Portanto, deve ser administrada de forma injetável, pois se for introduzida via oral será degradada e perderá suas propriedades.

Felizmente, os avanços na abordagem do diabetes não param, e hoje em dia contamos com os chamados análogos de insulina. A ação dessa medicação, em alguns casos, é ainda mais rápida e eficaz e, em outros, mais lenta permitindo resultados bastante parecidos com a secreção produzida pelo organismo.

O tipo de insulina, a quantidade e a freqüencia serão determinads pelo médico, de acordo com as necessidades de cada paciente.

Injeção de insulina. Quando são necessárias ?

Em qualquer tratamento, é fundamental que o paciente monitore suas taxas de açúcar duas a cinco vezes ao dia. Isso permite que a administração de insulina seja feita sobre bases fisiológicas.

Os esquemas de aplicação de insulina também são específicos e diferem de acordo com a idade da criança, tempo de evolução, tipo de diabetes e a resposta ao tratamento.

A insulina injetável é aplicada no tecido subcutâneo, que é a camada de gordura que está sob a pele. A área ideal para a aplicação inclui pernas, glúteos, abdômen, ou braços. Se a criança for muito pequena, será a mãe que fará essas aplicações e o médico orientará para que possa fazê-las facilmente. Se a criança já for maiorzinha, ela mesma poderá aplicar as injeções.

É muito importante não injetar a insulina sempre em um mesmo local. O ideal é alternar para evitar possíveis problemas na pele dessa área.

Quanto à dose diária, normalmente são indicadas duas doses: uma de manhã e outra à noite. Porém, doses de insulina de ação rápida poderão ser aplicadas antes de cada refeição, desde que seja sob indicação do médico.

Lembre-se que, salvo por indicação médica, a administração de insulina não deve ser suspensa.

O que quer dizer estar "alta" ?

Diz-se que o diabetes está "alto", quando a pessoa apresenta hiperglicemia, ou seja, muito açúcar no sangue.

Em geral, quando a glicemia da criança está alta, faz-se necessário o aumento da dose de insulina.

Essa situação pode ocorrer se a criança comer mais que o necessário, receber pouca insulina ou se ela não fizer exercícios.

Os sintomas de hiperglicemia são: sede, necessidade frequente de urinar, cansaço, dor de barriga, hálito com odor de maçã e vontade de vomitar.

Quando a glicemia se mantém alta, o organismo não consegue utilizar a glicose como energia e começa a utilizar as gorduras, produzindo substâncias perigosas , as chamadas cetonas.

Se isso ocorrer, é muito importante medir a quantidade de açúcar na urina, para comprovar a presença dessa substâncias.


FONTE: http://www.pharmopatia.com.br/dicas.php?010



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