quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Comperve apura fraude no PSV da Uern

Suspeita de fraude no vestibular da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) para o curso de Medicina está relacionada ao sistema de cotas adotado pela universidade desde 2006.
Uma aluna aprovada no Processo Seletivo Vocacionado (PSV) da universidade em fevereiro deste ano através desse sistema - que assegura aos estudantes oriundos de escolas públicas 50% das vagas ofertadas nos cursos - teria conquistado uma vaga em Medicina como cotista (somente para alunos que estudaram o ensino fundamental e médio em escolas públicas), quando, supostamente, teria estudado em escola particular.
Segundo o coordenador da Comissão Permanente do Vestibular (COMPERVE), Eguiberto Mesquita, a universidade não tem como controlar esse tipo de fraude, pois toda a documentação exigida é carimbada e apresenta assinaturas verídicas. "Num processo seletivo que tem mais de 20 mil inscritos, fica muito difícil fazer esse controle na documentação. A universidade apenas segue o regulamento", esclarece, acrescentando que o edital do PSV da Uern deixa claro que somente quem poderá concorrer às vagas destinadas aos cotistas são alunos de escolas públicas. "No edital, fica explícito que pessoas que estudaram todo o ensino fundamental e médio em escolas particulares, consideradas não cotistas, não podem se inscrever para o processo como cotista, porém há pessoas que tentam arranjar maneiras de conseguir a aprovação assegurando que estudou em escolas públicas", explica o coordenador.
A Uern impediu a aluna de fazer a matrícula, porém foi concedida uma liminar para que ela pudesse realizá-la.

Uern tenta restringir certificado de supletivo
O uso de certificados emitidos pelos cursos supletivos deve ser restringido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
A restrição tem como objetivo impedir que pessoas que cursaram o ensino fundamental e médio em escola particular possam realizar o exame supletivo e conseguir o certificado comprovando que estudaram em uma escola pública, o que os garantiria concorrer, ilegalmente, às vagas destinadas aos cotistas (exclusivamente para estudantes oriundos de escolas públicas).
Desde que a universidade adotou o sistema de cotas, alunos não cotistas (estudantes de escolas particulares) têm se aproveitado destes certificados como uma maneira de concorrer somente com alunos cotistas, o que, pelo regulamento da universidade, é ilegal, já que o sistema de cotas foi criado para proporcionar o ingresso de estudantes de escolas públicas à universidade, assegurando a metade das vagas para esses alunos, que concorrem entre si.

FONTE:http://www.defato.com/mossoro.php#mat4



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